O deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que irá coletar assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS.
Após as denúncias de desvios de mais de R$ 7 bilhões, o parlamentar se mostrou indignado com a situação e prometeu agir junto aos pares para aprovar logo esse pedido de investigação.
“Estou em contato com o líder da Oposição, Zucco, e a líder da Minoria, Carol de Toni, para coletarmos as assinaturas para a abertura da CPI. Vamos passar o INSS a limpo. E quem roubou de aposentado e de pensionista vai para a cadeia”, disparou Sóstenes, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Críticas
O líder do PL não poupou críticas ao governo, defendendo inclusive a queda do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que é presidente nacional do PDT e indicou os correligionários para os respectivos cargos na cúpula do INSS.
"O PT e a esquerda antes roubavam milhões. Não se contentaram e agora roubam bilhões, como disse a Polícia Federal. Esse é o atual desgoverno da esquerda que aí está. Tem que afastar o ministro, é a primeira coisa. Não dá para manter no cargo com essas suspeitas”, afirmou.
“Nesse desgoverno, já caiu ministro tarado, por assédio sexual, por corrupção. E agora vem o ministro do bilhão. São essas coisas que não adianta, o Brasil está vendo. Esse governo acabou”, concluiu Sóstenes.
Governo
Sóstenes Cavalcante (RJ), ironizou a recusa de seu colega Pedro Lucas (União Brasil-AM) em assumir o Ministério das Comunicações do Governo Lula (PT). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, o parlamentar afirmou que a recusa escancarou a fraqueza do governo federal.
“Não é normal, eu nunca vi alguém ser anunciado como ministro, de um partido que se diz da base do governo, e dizer que não vai. Isso é um alerta. A decisão do líder do União Brasil, Pedro Lucas, merece o meu reconhecimento. Isso só tem um sinal: a barca desse desgoverno está afundando, ninguém quer subir. O governo acabou”, provocou.
Sóstenes criticou ainda a dificuldade do governo em aprovar uma matéria simples como o regime de urgência para a reformulação da Lei Aldir Blanc, aprovada na Câmara por 267 votos (eram necessários 257). “De 2026 esse governo não consegue passar. Só não tem impeachment porque o vice (Geraldo Alckmin, do PSB) é tão ruim quanto o presidente. Só por isso. A verdade é essa. Isso mostra a gravidade. O governo quase não conseguiu 257 votos para aprovar uma urgência, está perdido, tristemente. É grave o que aconteceu, não vejo muita solução, a não ser se arrastando e sangrando”, completou.