A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tem movimentação intensa nos bastidores nesta semana devido à formação das comissões da Casa. As lideranças dos blocos têm até sexta-feira (14) para enviar as indicações dos deputados que irão compor os colegiados, o que tem gerado reconfigurações nas bancadas.
Atualmente, o cenário aponta para a existência de três blocos: o “blocão” governista, formado por PSDB, PRD, Solidariedade, Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) e União Brasil; o bloco independente, composto por MDB, PL e PP; e o bloco de oposição, integrado por PSB, PSOL e Republicanos. No entanto, novas mudanças estão em curso.
Blocão
O União Brasil, que conta com cinco deputados, incluindo a líder do governo Raquel Lyra (PSDB) na Casa, Socorro Pimentel, se movimenta para deixar o “blocão” governista. Segundo parlamentares, a decisão caberá ao presidente estadual da sigla, Miguel Coelho, aliado do prefeito do Recife, João Campos (PSB).
A indefinição gira em torno de qual posição o União Brasil assumirá: tornar-se independente ou formar um bloco com a oposição. Como a escolha de Socorro Pimentel para a liderança do governo foi feita diretamente pela governadora Raquel Lyra, sem consulta ao partido, a tendência é que ela permaneça no cargo, mesmo com uma possível saída da legenda do blocão.
Já o PP, que havia deixado o “blocão” governista no início do ano legislativo, vai retornar ao grupo.
Bloco independente
O PL ainda não definiu sua posição. Atualmente liderado por Nino de Enoque, o partido deve passar a ser comandado por Abimael Santos. O grupo se reunirá na quarta-feira (11) à tarde para decidir sua liderança e qual bloco irá integrar. No momento, a tendência mais forte é permanecer independente.
Nino de Enoque é aliado de Raquel Lyra. Renato Antunes também tem proximidade com a governadora. Já o Coronel Alberto Feitosa e Abimael Santos defendem uma postura de independência. Joel da Harpa ainda não definiu sua posição, mas tende a manter o atual cenário. “Independência total. Torcemos pelo governo, mas decidimos ficar independentes”, afirmou Abimael, antes mesmo da reunião desta quarta-feira.
Oposição
O bloco oposicionista formado por PSB, PSOL e Republicanos também pode sofrer alterações. Além da possível entrada do União Brasil, há incertezas quanto à permanência do Republicanos na oposição.
O líder do partido na Alepe, William Brigido, articula para que o Republicanos deixe o bloco oposicionista e se aproxime do governo. No entanto, o outro deputado da legenda, Mário Ricardo, além de integrantes das executivas estadual e nacional, defendem a permanência na oposição, o que deve acontecer.
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