Em um mundo cada vez mais tecnológico, em que lidamos diariamente com smartphones, tablets, computadores e televisores, é preciso ficar cada vez mais atento aos impactos do uso de telas na visão infantil. A tecnologia faz parte do nosso dia a dia, mas o uso excessivo de telas por crianças tem se mostrado um problema cada vez mais preocupante.
O alerta é da oftalmologista do Hospital Santa Luzia, Paula Siqueira. A médica destaca que é cada vez mais precoce o contato com dispositivos eletrônicos entre crianças menores de cinco anos e que o uso em excesso, o contato com dispositivos eletrônicos entre crianças menores de cinco anos, e que o uso em excesso tem provocado alguns problemas de visão. Estima-se que 73% das crianças, com idades entre 3 e 5 anos, já sabem fazer uso de equipamentos eletrônicos, principalmente em busca das redes sociais.
A doutora Paula explica que é na primeira infância que se desenvolve os sistemas cognitivo e motor, e que a fase do nascimento até os 2 anos é de fundamental importância no desenvolvimento da visão.
Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que crianças até 2 anos não tenham contato com telas, uma vez que elas podem causar atraso no desenvolvimento de habilidades como a linguagem, convívio social e visão.
Durante o uso de telas, piscamos menos os olhos, diminuindo a lubrificação ocular, o que pode levar a um ressecamento da parte externa do olho e, com isso, outros problemas oculares como prurido e astigmatismo. Além disso, ao focar objetos próximos, como eletrônicos portáteis, fazemos esforço na musculatura do olho e, quando as crianças ficam por muito tempo olhando para as telas próximas, esse esforço prolongado pode ocasionar o aparecimento de estrabismo, visão dupla e miopia.
Para evitar esses problemas, a médica Paula Siqueira recomenda que os pais sigam as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que quantificou o tempo ideal que cada criança pode ficar exposta às telas sem que isso cause problemas, principalmente de visão.
➢ Menores de 2 anos: nenhum contato com telas ou videogames.
➢ Dos 2 aos 5 anos: até uma hora por dia.
➢ Dos 6 aos 10 anos: entre uma e duas horas por dia.
➢ Dos 11 aos 18 anos: entre duas e três horas por dia.
A oftalmologista alerta que na maioria das vezes as crianças não referem queixas visuais, mas destaca alguns sinais que podem indicar que a criança está com problemas de visão:
Mau desempenho escolar.
Olhar muito próximo das telas e livros.
Dores de cabeça ao final do dia.
Lacrimejamento excessivo.
Desvio ocular constante ou esporádico.
Prurido ocular.
Inclinar a cabeça ou fechar um dos olhos para enxergar.
Dificuldade de acompanhar linhas de texto.
Sensibilidade exagerada à luz.
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