Soldados israelenses criticam ausência de filho de Benjamin Netanyahu na guerra

Soldados israelenses criticam ausência de filho de Benjamin Netanyahu na guerra

 Enquanto mais de 300 mil reservistas israelenses foram convocados, em meio ao conflito entre Israel e Hamas que já matou mais de 6 mil palestinos, na Faixa de Gaza, e 1.405 israelenses, uma ausência no 'front' chama atenção: Yair Netanyahu, de 32 anos, filho mais velho do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Yair está aproveitando a vida em Miami Beach enquanto eu estou na linha de frente. Nossos irmãos, nossos pais, nossos filhos, estão todos indo para a linha de frente, mas Yair ainda não está aqui. Isso não ajuda a construir confiança na liderança do país", disse um soldado, que pediu para permanecer anônimo por razões de segurança para o jornal The Times.
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Outro soldado também criticou a ausência de Yair: "Voltei dos Estados onde tenho um emprego, uma vida, a minha família. Não posso ficar lá e abandonar o meu país, o meu povo, neste momento crítico. Onde está o filho do primeiro-ministro? Por que ele não está em Israel?'É o momento de maior união para nós, como israelenses, na nossa história recente e cada um de nós deveria estar aqui agora, incluindo o filho do primeiro-ministro", disse.

O filho mais velho de Binyamin Netanyahu, Yair, mudou-se para a Flórida no início deste ano e deve permanecer lá. Aos 32 anos, ele ainda tem idade para fazer parte do quadro de reservistas,  que termina aos 40 anos.

O serviço militar em Israel é obrigatório para a maioria dos israelitas quando completam 18 anos, com exceções para árabes-israelenses e grupos religiosos.  Os homens têm de cumprir 32 meses e as mulheres 24. Depois disso, a maioria deles pode ser convocada para unidades de reserva até os 40 anos, ou até mais, em caso de emergência nacional.

Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

    Desde o início do conflito, mais de 6.546 palestinos morreram, sendo 2.704 crianças e 1.584 mulheres, e 16 mil ficaram feridos; do lado israelense, 1.405 israelenses morreram, sendo 305 soldados e 57 policiais, e há mais de 5.431 feridos;
    O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
    A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
    Os palestinos reivindicam a criação de seu Estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948;
    Em 7 de outubro, o Hamas realizou a maior onda de ataques contra Israel;
    Benjamin Netanyahu declarou guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo; Israel intensificou o bloqueio à Faixa de Gaza, cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza;
    Hamas ameaçou matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
    Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
    Cerca de 1 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2,3 milhões, sendo 47% crianças;
    Bombardeio ao Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusou a Jihad Islâmica pelo bombardeio. O grupo negou;
    Representante palestino na ONU pediu um cessar-fogo imediato;
    Governo já repatriou mais de 1.135 brasileiros na operação Voltando em Paz;
    Estados Unidos vetaram a resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU;
    A terceira igreja mais antiga do mundo, a Igreja de São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada na noite de quinta-feira, 19;
    Hamas libertou ao menos quatro reféns. A negociação foi feita por intermédio do Catar. Outros 200 seguem detidos em Gaza;
    Mais de 100 caminhões aguardam no lado egípcio da fronteira de Rafah para entrar em Gaza com ajuda humanitária; a fronteira foi aberta pela primeira vez no sábado, dia 20.    


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