Prates afirma que os preços seriam mais afetados se o conflito se alastrar para áreas de produção e escoamento de petróleo.
— Até agora você não está em um território onde você tem instalações de produção ou escoamento, como na Ucrânia, ou como foi no Kuwait. Do ponto de vista da indústria do petróleo, por enquanto, não houve alastramento, então a eventual ascensão do preço, que está acontecendo é uma ascensão já estrutural de demanda e oferta.
Prates disse que as elevações de preço estão ocorrendo mais por
pressões de oferta e demanda, do que pelos conflitos. Além de Israel e
Hamas, também estão em guerra Rússia e Ucrânia, e Arábia Saudita e Iêmen.
— Nós achamos que os espasmos que nós tivemos de preço são
característicos de conflitos, como quando o Iraque invadiu o Kuwait.
Normalmente você tem dois ou três dias de espasmos de preço, depois ele
volta. Como ele já estava em ascensão, continuamos acompanhando.
Margem equatorial
Jean Paul reforçou que as investidas para exploração de petróleo na
margem equatorial vão continuar avançando e o objetivo segue sendo a
bacia sedimentar da foz do Amazonas.
— Vamos muito em breve furar margem equatorial, começando pela bacia potiguar e avançando para o Amapá, fazendo o poço na bacia sedimentar da Foz do Amazonas.
O presidente da Petrobras disse ainda que o Brasil não perdeu totalmente a referência do mercado internacional e estabilizou os preços internos, mesmo em uma fase de barril mais caro.