Investigada pela morte do pai e do irmão da suposta amante do marido, em Terra Nova do Norte, no Mato Grosso, a grávida de 26 anos se entregou à polícia e confessou ter cometido o crime. De acordo com a Polícia Civil, Bruna Felks se apresentou na delegacia da cidade nesta segunda-feira, 24.
Os homicídios ocorreram no último sábado, 22, na Comunidade Sede Velha. A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de duas pessoas que haviam sido vítimas de disparos de arma de foto.
Uma delas era Marcelo de Barros, de 37 anos, irmão da suposta amante, que chegou a ser socorrido para o hospital municipal, com ferimentos no tórax e abdômen, mas não resistiu aos ferimentos. A segunda, identificada como Genuir de Barros, 67 anos, pai da vítima, faleceu no local.
Segundo informações da Polícia Civil, testemunhas relataram que Bruna efetuou os disparos por ciúmes. Ela teria ido à casa das vítimas, em uma camionete, acompanhada da mãe e do marido, e iniciou uma discussão com a testemunha. Pouco depois, chegaram ao local o pai da suspeita e a chamou para ir embora.
No entanto, a mulher foi até a camionete, pegou uma pistola calibre 380 e atirou contra Marcelo. Genuir tentou evitar a agressão e foi em direção à suspeita, sendo também atingido pelos disparos. Após o crime, o marido de Bruna conseguiu tirar a arma das mãos dela. Em seguida, a suspeita e os pais dela agrediram a testemunha e fugiram do local. O marido de Bruna ajudou a socorrer a vítima de 37 anos até o hospital municipal.
A grávida e o pai dela estavam sendo procurados desde o dia do homicídio, mas ela só se apresentou à polícia nesta segunda. Ela depôs por cerca de 4 horas, segundo informou o delegado que cuida do caso.
Versão apresentada
O jornal O Globo revelou que a suspeita alegou ter agido em legítima defesa, e que o pai e o irmão da mulher de 33 anos, que estaria tendo um caso extraconjugal com o marido dela, a agrediram. Por causa disso, ela pegou a arma do companheiro, que estava no veículo dele, e disparou contra as vítimas.
Segundo a reportagem, Bruna e a mãe foram até a casa das vítimas para tirar satisfação sobre o caso, e no local, houve uma discussão com a família da suposta amante. Nesse período, o marido e o pai de Bruna chegaram em outra caminhonete na residência e tentaram intervir, no entanto, o pai dela entrou na briga também.
Após o crime, Bruna e os pais dela ainda teriam agredido a suposta amante. Após o depoimento, a suspeita foi liberada, pois “não existia mais ato flagrancial” de acordo com o delegado.